Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os brasileiros estão enfrentando um problema preocupante: não estão ingerindo as doses recomendadas de vitaminas diariamente. Esse cenário levantou preocupações sobre a saúde da população, mas também, inspirou especialistas a buscar soluções para minimizar esse quadro alarmante (Aspirina e Anemia).
O renomado farmacêutico e especialista em suplementação, Fernando Scremin, empenhou-se em investigar a fundo, como poderia ajudar a combater essa carência de nutrientes e seus impactos na saúde da população.
O Uso Diário de Aspirina: Benefícios e Riscos
Nos últimos anos, muitas pessoas com mais de 50 anos receberam a recomendação de tomar aspirina diariamente, com o objetivo de prevenir doenças cardíacas. A ideia por trás disso é que a aspirina, ao “afinar o sangue”, diminuiria a coagulação e o risco de entupimento de veias e artérias.
Entretanto, desde 2019, os benefícios dessa recomendação têm sido questionados. Associações médicas dos Estados Unidos concluíram, após uma série de estudos, que o consumo diário de aspirina aumentava as chances de desenvolver anemia, o que levou a uma reavaliação do uso generalizado desse medicamento.
Novo Estudo comprova relação entre Aspirina e Anemia
No mês passado, a revista científica Annals of Internal Medicine publicou um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Monash, na Austrália, que trouxe novas evidências sobre a relação entre o uso diário de aspirina e a anemia.
A pesquisa acompanhou mais de 18 mil pessoas, com idade superior a 65 anos e inicialmente saudáveis, durante 5 anos. Os participantes foram divididos em dois grupos: o Grupo 1 recebeu doses diárias de 100 mg de aspirina, enquanto o Grupo 2 recebeu apenas placebo. Anualmente, os pesquisadores mediram os níveis de hemoglobina e ferritina dos indivíduos.
Ao final do estudo, ficou comprovado que a aspirina em baixas doses aumentou significativamente a incidência de anemia e provocou declínio nos níveis de ferritina em idosos. Segundo os cálculos dos cientistas, 24% dos idosos que tomaram aspirina diariamente desenvolveriam anemia em um período de cinco anos, enquanto apenas 20% dos que receberam o placebo teriam a mesma condição. Isso significa que o grupo que consumiu o medicamento apresentou 20% a mais de chances de desenvolver a doença.
Mecanismo de Ação da Aspirina e seus Efeitos no Organismo
Os pesquisadores explicaram, que a aspirina dificulta a coagulação do sangue, pois impede a ação das plaquetas. No entanto, ela também inibe uma enzima conhecida como Cox-1, que é essencial para a proteção do revestimento do estômago e dos intestinos. Com essa barreira protetora prejudicada, aumentam os riscos de pequenos vazamentos de sangue no aparelho digestivo.
Impactos na Saúde dos Idosos
O estudo australiano também evidenciou que os idosos que receberam aspirina, apresentaram um declínio mais rápido nos níveis de hemoglobina e uma significativa redução, na quantidade de ferritina, proteína responsável pelo transporte de ferro no organismo, encontrada em diversos alimentos como feijão e carne vermelha. Essa diminuição nos níveis de ferritina, pode levar a uma série de sintomas, incluindo sensação de fraqueza, falta de energia, dificuldade de concentração, palidez, sonolência, perda de memória, perda de apetite, queda de cabelo, dores de cabeça e tonturas.
Anemia no Brasil
Segundo estimativas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em 2019, a anemia afeta 9,86% da população brasileira, e esse número é ainda maior entre os idosos, chegando a 24,3%.
Os Sintomas da Anemia e a Importância das Vitaminas
A anemia ocorre quando há uma diminuição na concentração de hemoglobina, uma proteína essencial para o transporte de oxigênio pelo sangue. Os principais sintomas, incluem fadiga generalizada, perda de apetite, palidez e menor disposição. Essa condição de saúde pode ser ocasionada, por deficiências de vários nutrientes, como ferro, zinco, vitamina B12 e proteínas.
O uso de nutracêuticos e suplementos alimentares, contendo os princípios ativos :
Zinco, Selênio, Curcumina (presente na cúrcuma), Licopeno, Ômega-3 e Trans-resveratrol, têm enorme potencial para ajudar na prevenção de diversas condições de saúde, incluindo a anemia. Cada um desses nutrientes, desempenha um papel importante no organismo e pode contribuir, para uma vida mais saudável.
É crucial que os brasileiros, se atentem à importância de uma alimentação balanceada, rica em vitaminas e minerais, para reduzir as chances de desenvolver anemia e outras carências nutricionais.