A impotência sexual, embora mais comum em homens a partir dos 50 anos de idade, tem sido um motivo de preocupação entre jovens, que buscam melhorar seu desempenho sexual. Cada vez mais, é observado o uso frequente e desnecessário de medicamentos como o Viagra (sildenafila) e Cialis (tadalafila), que prometem favorecer a ereção e permitir várias relações (potência sexual) em uma mesma noite. No entanto, essa prática pode acarretar consequências indesejadas.
O problema central reside no fato de que muitos jovens estão utilizando essas medicações, sem realmente necessitarem delas. Eles buscam atingir uma performance sexual considerada perfeita, buscando uma ereção desproporcional, em relação ao nível de excitação real. Em outras palavras, têm pouca excitação e uma ereção excessivamente rígida e duradoura.
A utilização imprópria desses medicamentos pode levar à dependência psicológica, pois, os jovens podem acreditar que sua performance sexual está ligada unicamente ao uso dessas drogas. Quando tentam interromper o consumo, podem sentir que seu desempenho piora, gerando ansiedade e insegurança. Isso pode criar um ciclo vicioso, onde o uso contínuo dos medicamentos é buscado para sustentar (potência sexual) a confiança, nas relações sexuais.
A busca por uma ereção artificial
É importante salientar que, para homens que realmente sofrem com a disfunção erétil, esses medicamentos podem ser benéficos e recomendados por profissionais de saúde. No entanto, o uso inadequado e desnecessário dessas drogas, deve ser evitado.
A busca por uma ereção artificial e desproporcional aos níveis de excitação, é um sinal de que algo pode estar errado e que uma reflexão sobre a saúde sexual é necessária.
É fundamental que os jovens compreendam que não estão sozinhos nessa questão e, que a disfunção erétil é um problema enfrentado por muitos homens em diferentes idades. Conversar com um profissional de saúde sobre suas preocupações e dúvidas, é essencial para obter orientação adequada. Além disso, é preciso desmistificar a pressão social em torno do desempenho sexual e valorizar a comunicação aberta e respeitosa nos relacionamentos.
Uso indevido de medicamentos
Em conclusão, o uso indevido de medicamentos para impotência sexual por jovens, é uma preocupação crescente. É fundamental que os jovens compreendam os riscos associados a essa prática e busquem abordagens mais saudáveis para sua vida sexual.
A busca por desempenho perfeito não deve comprometer a saúde mental e física e, o diálogo com profissionais de saúde, é a chave para uma abordagem consciente e equilibrada em relação à sexualidade.
O acesso fácil a informações na era digital tem contribuído para a disseminação do uso inadequado desses medicamentos entre os jovens. Muitos são influenciados por propagandas e relatos de casos bem-sucedidos, sem compreenderem completamente os riscos envolvidos. Além disso, a pressão social e a busca por uma suposta “performance ideal”, podem levar os jovens a tomarem essas medicações sem a devida avaliação médica, acreditando que estão melhorando sua virilidade e autoconfiança.
Potência sexual: Riscos e benefícios dos medicamentos
Essa tendência preocupante chama a atenção para a importância de educar os jovens sobre saúde sexual de forma aberta e responsável. É crucial que escolas, famílias e profissionais de saúde se unam para promover uma educação sexual abrangente, que inclua informações sobre os riscos e benefícios dos medicamentos para impotência. Além disso, é fundamental enfatizar a importância de valorizar a saúde e o bem-estar em detrimento de padrões irrealistas de desempenho sexual.
Conscientizar os jovens sobre a necessidade de buscar ajuda médica adequada e, garantir que eles compreendam que a performance sexual não é uma métrica única de masculinidade ou feminilidade.
Promover uma cultura de comunicação saudável e desestigmatizar a disfunção erétil, dentre outros problemas sexuais, pode ajudar a reduzir a pressão desnecessária sobre os jovens e, encorajá-los a buscar abordagens mais equilibradas, para sua saúde sexual.
Somente com esforços colaborativos e informações claras, será possível enfrentar esse desafio crescente e garantir uma abordagem mais consciente e responsável em relação à saúde sexual dos jovens.
Fontes de pesquisa:
Faculdade de Medicina da UFMG